Integrantes do Laboratório Bioclima publicam artigo sobre temperatura do ar em Ponte Nova (MG)

10 de fevereiro de 2022


Os integrantes do Laboratório de Biogeografia e Climatologia (Bioclima) do Departamento de Geografia (DGE) da Universidade Federal de Viçosa (UFV) Edson Soares Fialho (professor do DGE), Rodson Andrade Allocca, Larissa Galvão Fontes dos Santos, Welerson Machado Silva e Crislaine de Oliveira Jesus Luz, publicaram o estudo intitulado “Variação têmporo-espacial da temperatura do ar no perímetro urbano de Ponte Nova, na Zona da Mata Mineira” na última edição da Revista Entre-Lugar do Programa de Pós-graduação em Geografia da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), com participação de alunos da iniciação científica e do Programa de Pós-graduação em Geografia da UFV e da UFES.

Este trabalho busca compreender a variação da temperatura do ar, considerando cinco pontos fixos em Ponte Nova-MG, com características de uso ocupação da terra distintas. Para a análise foram utilizados registros horários de temperatura do ar, nos meses de março, maio, julho e outubro de 2017.

Como complemento à análise, foi realizado o cálculo o índice Sky View Factor(SVF) – e a identificação do sistema atmosférico, com base nas cartas sinóticas disponibilizadas pela Diretoria de Hidrologia da Marinha (DHN). Pôde-se constatar, que as diferenças térmicas observadas variam de acordo com a atuação dos sistemas sinóticos. No verão e no outono, as menores diferenças ocorreram, quando do predomínio da massa polar atlântica e de sistemas frontais, enquanto as maiores diferenças sob ação da massa tropical atlântica. No inverno, as menores diferenças ocorrem em situações de massa tropical atlântica. Na primavera, se identificou uma maior alternância entre a massa polar e
tropical. Ao longo do dia as maiores diferenças foram verificadas 15h00min e 16h00min, correspondendo a 98,0% das ocorrências, isto porque a posição geográfica sobre a morfologia, produz uma diferença no tempo de exposição à radiação solar. Os maiores valores térmicos constatados foram coincidentes com a área mais dinâmica e adensada da cidade e os índices de SVF não apresentaram a correlação esperada com as temperaturas registradas.

Para acessar o artigo no periódico Entre-Lugar, clique aqui.