Avaliação Educacional na Pandemia

3 de dezembro de 2021


Avaliar sempre foi um desafio docente, sobretudo para aqueles que atuam na educação básica no Brasil. Em tempos de pandemia e ensino remoto, os processos de ensino-aprendizagem sofreram intensas modificações, alterando o cotidiano escolar tanto dos professores quanto dos estudantes. As salas de aula estiveram divididas entre as casas dos docentes e discentes, tornando distante um contato antes tão próximo entre essas duas instâncias. Nesse processo, uma questão se destacou na prática pedagógica: Como avaliar esses alunos?

A reflexão sobre essa temática percorre a carreira do professorado há um bom tempo, como aponta a entrevista fornecida pela coordenadora do Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora (CAEd/UFJF) em 2014, que já refletia sobre a relação entre acesso à escola e acesso à educação de qualidade. Rememore a entrevista no documento ao final da notícia.

O panorama atual não é diferente. Ainda precisamos refletir sobre esses resultados, pensando sobre a sua importância para a educação brasileira e formas de remediar as dificuldades que eles revelam. O último IDEB ocorreu em 2019 e revelou que nossos estudantes de escolas públicas atingiram índices de 5,7 no Ensino Fundamental I; 4,7 no Ensino Fundamental II e 3,9 no Ensino Médio. A meta estabelecida pelo Governo ainda em 2019 era elevar esse índice a pelo menos 6,0 em sua próxima edição, agora em 2021.

Entretanto, o cenário se mostra enevoado, e uma pergunta incomoda e gera aflição aos profissionais da educação. Que aprendizados somaram nossos estudantes em meio à pandemia? Como avaliar e mensurar? O próximo IDEB poderá ser um caminho, mas a qualidade do ensino ofertada é e sempre foi o meio de alcançar o sucesso.

Professora Nayara de Moura Barbosa
Mestre em Educação pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)
Licenciada em Letras pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)
Professora de Literatura no Colégio Nossa Senhora do Carmo

Professor Odemir Vieira Baeta

Diretor do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (UFV)